O remake do filme “O corvo” não teve armas no set em respeito a Brando Lee, que morreu baleado acidentalmente durante as gravações do longa original, há 30 anos. O ator, que era filho de Bruce Lee, foi atingido no abdômen e morreu no hospital, aos 28 anos.
Rupert Sanders, diretor do remake, disse à Variety que não só a morte de Lee, mas também a da diretora de fotografia Halyna Hutchins, contribuíram para sua decisão. Hutchins foi baleada no set do film “Rust”, em 2021, por uma arma segurada por Alec Baldwin, um ano antes de Sanders começar as filmagens de “O corvo”.
“A segurança é a prioridade número 1. Os sets de filmagem são muito perigosos. Há carros em alta velocidade com guindastes presos no topo. Há dublês caindo em cabos altos descendo escadas. Até mesmo andar em um set à noite com máquinas de chuva e luzes – você está trabalhando em um ambiente industrial. Então é perigoso. Você tem que estar seguro”, disse o diretor à publicação. “Então eu disse, categoricamente, ‘não teremos armas de fogo no set’, o que significa que não tínhamos uma arma que pudesse ter uma bala real ou de festim por perto”, completou.
Com a adaptação, a produção acabou gastando mais com efeitos visuais para adicionar flash e disparo de fumaça em armas falsas. O diretor diz que trata-se de “um preço que valeu a pena pagar”.
“O corvo” conta a história de Eric Draven, um guitarrista de rock assassinado por uma gangue junto com sua noiva. Bill Skarsgård e FKA Twigs estão no elenco do novo longa, que está em cartaz nos cinemas brasileiros.